O mercado de segurança exige profissionais altamente capacitados, e o curso de instrutor de armamento e tiro é um dos passos essenciais para quem deseja atuar nesse segmento. No entanto, mais do que concluir o curso, é necessário obter o credenciamento pela Polícia Federal, um processo rigoroso e desafiador, composto por provas teóricas e práticas supervisionadas por avaliadores altamente qualificados. Neste artigo, explicaremos como funciona o curso, o processo de credenciamento e as etapas que exigem maior preparação, como a prova objetiva — considerada uma das fases mais difíceis e com alto índice de reprovação.
O Curso de Instrutor de Armamento e Tiro
O curso de instrutor de armamento e tiro é projetado para formar profissionais aptos a ministrar aulas de tiro, treinar atiradores e emitir laudos de capacidade técnica com armas de fogo exigidos para posse, porte de armas, etc. Com uma carga horária mínima de 80 horas-aula, conforme anexo da da Instrução Normativa 111/2017 – DG/PF. o curso abrange módulos teóricos e práticos essenciais para o exercício seguro e responsável dessa atividade. Segue algumas das matérias obrigatórias do curso:
- Legislação sobre Armas de Fogo no Brasil
- Regras de Segurança
- Balística e Munições
- Primeiros Socorros
- Didática e Metodologia de Ensino
- Análise de Alvo
- Bases, Posições e Fundamentos do Tiro
- Manejo de Armas e Técnicas de Tiro
- Armas de Fogo, Modelos, Espécies
Prática de Tiro: Treinamento intensivo com pistolas, revólveres e espingardas, incluindo posições variadas de tiro. Totalizando no mínimo de 350 disparos, conforme divisão constante no anexo da IN 111/2017.
O curso é uma preparação inicial, mas o verdadeiro desafio começa no processo de credenciamento junto à Polícia Federal.
Credenciamento pela Polícia Federal
O credenciamento como instrutor de tiro não é automático após a conclusão do curso. O profissional deve ser aprovado em um rigoroso concurso aplicado pela Polícia Federal, que conta com várias etapas eliminatórias.
Etapas do Concurso para Instrutor de Tiro
1. Prova Objetiva (Primeira Fase)
A primeira fase do concurso é uma prova teórica com questões objetivas, abrangendo conteúdos de legislação, segurança, balística, didática, dentre outras. Essa etapa é conhecida pelo seu alto índice de reprovação, pois exige conhecimentos aprofundados e a capacidade de aplicar a teoria em situações práticas. Muitos candidatos subestimam a complexidade das questões, que testam não apenas o conhecimento literal das leis, mas também sua interpretação e aplicação.
2. Prova de Tiro (Segunda Fase)
Nesta fase, o candidato deve demonstrar precisão e técnica com armas de fogo, cumprindo metas de acerto em alvos específicos. Os erros de segurança, como posicionamento incorreto ou falhas no controle da arma, resultam em reprovação imediata. Importante também ser veloz e realizar os disparos no tempo informado na IN 111/2017.
3. Prova de Comandos no Estande de Tiro (Terceira Fase)
A última fase avalia a capacidade de conduzir alunos em um ambiente de ensino de tiro, aplicando comandos claros e seguros. O candidato deve demonstrar domínio técnico e pedagógico ao lidar com diferentes cenários e situações simuladas. Os examinadores — policiais federais com vasta experiência — analisam cada detalhe do desempenho.
Por Que o Índice de Reprovação é Alto?
A prova objetiva, que é a primeira fase, concentra o maior número de reprovações. Muitos candidatos falham por falta de preparação adequada, subestimando o nível de detalhe exigido nas questões. Além disso, a pressão do tempo e a abordagem interpretativa das perguntas tornam o exame ainda mais desafiador.
Nas fases práticas, o desafio se intensifica com a necessidade de precisão nos disparos e execução de comandos sob avaliação criteriosa. Pequenos deslizes na técnica ou na segurança podem ser decisivos para a reprovação.
Como Aumentar as Chances de Sucesso
Para ter êxito no credenciamento, é fundamental:
Estudar com Material Atualizado: Leis, portarias e regulamentos podem ser alterados, exigindo conhecimento atualizado.
Participar de Simulados e Treinos Práticos: Treinamento constante em estandes de tiro é indispensável.
Buscar Apoio de Instrutores Experientes: A orientação de profissionais já credenciados pode fazer toda a diferença.
Conclusão
Tornar-se um instrutor de armamento e tiro credenciado pela Polícia Federal é um desafio que requer dedicação, conhecimento técnico e habilidades práticas. O alto índice de reprovação reflete o rigor necessário para garantir que somente os mais preparados assumam a responsabilidade de ensinar e avaliar o uso de armas de fogo. Se você está disposto a se destacar nesse mercado, invista na sua formação e preparação para o credenciamento com foco e disciplina.
É do Rio de Janeiro e tem alguma dúvida, fale com o Instrutor de Tiro Ricardo Gonçalves.
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